Prestação de contas de 2009 - CMSC

Na prestação de contas de 2009, a maioria comunista sublinha os limites legais do endividamento, a capacidade para gerar receita e as taxas de execução. Mas os argumentos não convencem o PS, que votou contra na votação dos documentos.
O vereador socialista, Arnaldo Frade realça três aspectos que influenciaram o sentido de voto: a Venda de Bens de Capital, a divida de curto prazo a terceiros e o recurso ao crédito.
Na rubrica sobre vendas de Bens de Capital, os socialistas acusam a autarquia de "empolamento do orçamento" com o intuito de "equilibrar o valor dos compromissos assumidos e não pagos".
A oposição socialista critica, ainda, o aumento da divida de curto prazo a terceiros que ascende a mais de cinco milhões de euros, apesar do empréstimo no âmbito do programa de Regularização Especial de Dívidas do Estado no valor de 4,1 milhões.
Segundo, Arnaldo Frade o empréstimo deveria baixar a divida de 7, 6 milhões para 3,5 milhões mas isso não se verificou.
Para o autarca socialista, o municipio não consegue assegurar a componente autárquica dos custos dos investimentos aprovados e financiados pelo QREN a não ser com recurso ao crédito.
Mas são as despesas com o pessoal que preocupam os socialistas que detectaram um aumento de mais de 400 mil euros.
Os aspectos negativos criticados pela oposição são, para Vítor Proença, uma visão redutora da gestão municipal. Para o autarca comunista, ficou demonstrado que houve um conjunto de obras significativas como o auditório municipal, o parque de empresas do Cercal e o aumento das refeições escolares.
Vítor Proença, relembrou que "a conjuntura não foi favorável" e não se concretizaram "algumas dinâmicas de investimento", devido à crise económica que o país atravessa.
No entanto, sublinha, que "as receitas globais do municipio subiram 20 por cento".
O edil realçou ainda que, além das obras directas, a autarquia esteve ainda envolvida na obra da escola EBI Frei André da Veiga, a cargo do Ministério da Educação.
Vítor Proença reconhece que "o PS não erra em tudo", mas "nas questões fundamentais, não diz a verdade" à população.
Os documentos de prestação de contas relativos ao ano de 2009 estiveram em discussão, na última sessão da Assembleia Municipal, que decorreu no passado dia 23 de Abril.

FONTE:Helga Nobre(ANTENA MIRÓBRIGA)

Consulte o Relatório de contas AQUI