Motivo de preocupação para uns e de atracção turística para outros, a Lagoa de Santo André atingiu este ano o maior nível de água registado nos últimos 7 anos, devido às chuvas intensas.
É esperado que a lagoa decarregue para o mar no final do mês de Março e, até lá, a população espera que o nível da água não suba, deixando estabelecimentos e habitações livres de perigo.
Com o seu estabelecimento ameaçado pela água, Adelaide Cabacinha, de 65 anos, proprietária do restaurante Fragateira, espera que a descarga ao mar seja feita no tempo previsto e de forma natural, referindo que é um espectáculo “fantástico”.
Sem motivos para alarme, a população refere que o nível da água "tem sido frequentemente controlado por responsáveis da Quercus e Protecção Civil", desconhecendo que esse papel cabe, na realidade, ao ICNB.
Questionado sobre a existência de uma cheia maior, Armando Castro, de 75 anos, morador na localidade há cerca de 54 , recorda que há mais de 20 anos as águas da Lagoa inundaram a estrada, destruindo as casas existentes na altura.
Também Fernando Costa, ex-morador de 53 anos, recorda as cheias de há 20 anos, em que o mar “galgou a janela da sua casa”.
Com as cheias deste ano, Fernando Costa, considera apenas negativo o facto da quantidade de peixe ser reduzida com o elevado volume de água.
Negativo, na opinião de Adelaide Cabacinha, é também o volume de lixo que se depositou nas margens da Lagoa.
A Lagoa de Santo André está classificada como área protegida devido a um conjunto diversificado de ecossistemas aquáticos e ribeirinhos existentes, com elevado valor ecológico para hibernação, reprodução e invernada de aves.
FONTE:Marta Marques(ANTENA MIRÓBRIGA)
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